Sektion 2                                                                Abstracts (siehe unten)
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Leitung:

Ricarda Musser/ Christoph Müller (Berlin)
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Reise nach Lusofonia. Beschreibungen von Reisen in die lusophone Welt im 19. Jahrhundert

Im Verlauf des 19. Jahrhunderts erhielt das Neuentdecken fremder Länder einen starken Aufschwung. Durch technische Innovationen und, damit einhergehend, die Verbesserung der Infrastruktur, wurde Reisen planbarer und berechenbarer. Neue Verkehrsmittel wie Dampfschiffe und Eisenbahnen verkürzten Wege und erschlossen neue Gegenden. In der zweiten Hälfte des 19. Jahrhunderts entwickelten sich erste Formen des modernen  Tourismus.

Auch das Entdecken und Er-Fahren der amerikanischen, afrikanischen und asiatischen lusophonen Welt(en) wurde durch diesen Aufschwung gefördert, obwohl diese Gebiete nie im Zentrum des europäischen Reiseinteresses standen.
Der Buchmarkt spiegelte die Entdeckungen der Reisenden wider: Der Anteil der Reiseliteratur stieg erheblich an und blieb bis zum Ende des Jahrhunderts kontinuierlich hoch. Die Lektüre ermöglichte es den 'Daheim-Gebliebenen', Informationen über fremde Länder zu erhalten und die Eindrücke und Erfahrungen der Reisenden nachzuerleben. 

In der Sektion sollen die zentralen Zeugnisse dieser Reisen und unterschiedlichen Wahrnehmungen der lusophonen Welt zusammengestellt und analysiert werden. Die Untersuchung wird sich dabei besonders an folgenden Fragen orientieren: 

• Welche Aspekte des sozialen und kulturellen Lebens wurden vor allem geschildert?
• Wie wurde das Gesehene bewertet und mit der eigenen Kultur und Lebensweise in Zusammenhang gebracht?
• Wurden verbindende Elemente zwischen den verschiedenen lusophonen Ländern beschrieben?
• Was waren die Gründe für die Reiseentscheidung in die lusophone Welt?
• Haben die Erfahrungen in der lusophonen Welt besondere Auswirkungen auf die Struktur und die Form der Textsorte?


Teilnehmer:

Barbara Freitag Rouanet (Rio de Janeiro): «Die Expedition Langsdorff (1821-29) ins Hinterland von Brasilien»

Sérgio Guimarães de Sousa (Braga): «As notas de Viagens do Conde Arnoso»

Marcos Machado Nunes (Bochum): «O Brasil dos Viajantes na Imprensa Periódica Européia (1800-1850): síntese do projeto e alguns resultados iniciais»

Karen Macknow Lisboa (São Paulo): «Viagens transatlanticas e a descoberta de mundos luso-afrobrasileiros»

Ricarda Musser (Berlin): «Nichts als Kohle, Salz und Mineralien? Reiseeindrücke von den Kapverden im 19. Jahrhundert»

Christoph Müller (Berlin): «Das Ausland – Globus – Aus allen Weltteilen. Beschreibungen von Reisen in lusofone Länder in deutschen Illustrierten des 19. Jahrhunderts»

Moema Parente Augel (Bielefeld): «Viagem de encantamento. A mata virgem brasileira segundo as impressões maravilhadas do Arquiduque Maximiliano de Habsburgo (1860)»

Ineke Phaf-Rheinberger (Berlin): «Deutsche Forschungsreisende nach Angola – Beatrix Heintze»

Paulo Miguel Rodriguez (Funchal): «A Ilha da Madeira nas narrativas de viagem britânicas da primeira metade do século XIX: um contributo para a definição da madeirensidade?»

Sylk Schneider (Weimar): «Die Welt aus Weimar: Goethe, Bertuch und Brasilien»

Ingrid Schwamborn (Fortaleza): «Neukomm, Debret und die Brasilianer in Rio de Janeiro (1816-1831)»

Amilcar Torrão Filho (São Paulo): «A mácula lusitana: as raízes portuguesas e a incivilidade do Brasil na literatura de viagem (séculos XVIII-XIX)»

Abstracts


Barbara Freitag Rouanet (Rio de Janeiro)

Die Expedition Langsdorff (1821-29) ins Hinterland von Brasilien

Der in Hessen geborene (1774) und in Freiburg/i.Br. verstorbene (1856) Freiherr Georg Heinrich von Langsdorff kam 1803 zum ersten Mal nach Brasilien (Sta. Catarina). Als Arzt und Naturforscher begleitete er die russische Expedition des Weltumseglers Kapitän Adam von Krusenstern. Langsdorff beherrschte 11 Sprachen, darunter Portugiesisch. Auf Grund dieser Vorgeschichte wurde Langsdorff später vom Zaren Alexander I (1813) zum russischen Konsul in Brasilien ernannt und nach Rio de Janeiro geschickt.
Hier betrieb Langsdorff neben seiner Diplomatentätigkeit Landwirtschaft und verwandelte sein Gut in  ein anerkanntes wissenschaftliches Zentrum mit Bibliothek, Herbarium, mineralogischen und zoologischen Sammlungen. Die „Fazenda da Mandioca“ wurde bald als Treffpunkt für europäische Reisende des 19. Jahrhunderts bekannt und auch vom Kaiserpaar besucht.
1821 erhielt Langsdorff als Mitglied der Akademie der Wissenschaften von St.Petersburg den Auftrag, eine russische Expedition ins Innere des noch weitgehend unbekannten Landes zu starten. Ziel dieses Unternehmens war es, neue Entdeckungen im Stein-, Tier- und Pflanzenreich zu machen sowie Siedlungs- und Handelspotentiale in Brasilien ausfindig zu machen. Langsdorff stellte Wissenschaftler und Künstler hohen Ranges und verschiedener Nationalitäten ein, um dieses vielseitige und anspruchsvolle Projekt durchzuführen. Darunter sind Hasse, Moritz Rugendas, Aimé Taunay, Hercule Florence, Ludwig Riedel, Nester Rubtsov, u.a.m. zu nennen. Die Expedition führte zunächst nach Minas Gerais (1821-24), dann nach S. Paulo (1825-26) und schließlich folgte als gewagtestes Unternehmen: die Flussreise ab Porto Feliz  bis Santarém, an der Mündung des Rio Tapajós in den Amazonas. (1826-29). In diese Reisen investierte Russland mehr als 330.000 Rubel und Langsdorff selbst sein hessisches Erbe und den Ertrag des Verkaufs seines Gutes in Rio. Diese letzte Etappe dieser Expedition endete in einer Katastrophe und in Brasilien bildete sich eine „Lenda negra” um dieses anfangs vielversprechende Unternehmen.
Die gesamten Aufzeichnungen und reichhaltig gesammelten Materialien aller Expeditionsmitglieder verfielen zunächst in einen hundertjährigen Dornröschen-Schlaf. Erst 1930 wurden sie in einem Museumskeller des Botanischen Gartens in St. Petersburg aufgefunden und nach dem 2. Weltkriege teilweise ausgewertet.


Sérgio Guimarães de Sousa (Braga)

As notas de Viagens do Conde Arnoso

Em 1895 é dada à estampa o livro de viagens Jornadas pelo Mundo da autoria de Bernardo Pinheiro Correia de Melo, conde de Arnoso. Sobretudo conhecido hoje em dia pela sua amizade com Eça de Queirós, a verdade é que se tratou de uma personagem com uma relevância bem assinalável, o que se nota, desde logo, por ter acompanhado, na qualidade de Secretário, o então Conselheiro Tomás Rosa numa missão diplomática a Pequim, isso em 1887, missão destinada a firmar um tratado com a China. De resto, seria inclusive Bernardo Pinheiro Correia de Melo a negociar o convénio do 1.º ano desse tratado. Dotado de um expressivo poder de escrita e de uma não menos apreciável curiosidade, o Conde de Arnoso não resistiria à tentação de publicar em volume – Jornadas pelo Mundo – as suas impressões da viagem, obra um tanto desconhecida. No entanto, extremamente valiosa pelo que oferece de visão ocidental do Oriente no século XIX, ou melhor, nos finais do século XIX. Neste sentido, procuraremos enfatizar o que nela deixa entrever uma representação do Outro – neste caso, o Oriente – à luz dos valores, das crenças e das expectativas de Oitocentos.




Marcos Machado Nunes (Bochum)

O Brasil dos Viajantes na Imprensa Periódica Européia (1800-1850): síntese do projeto e alguns resultados iniciais


Pretendemos apresentar uma síntese do projeto de pesquisa que iniciamos em 2010,  o qual tem por objetivo fazer um levantamento da recepção da literatura de viagens sobre o Brasil da primeira metade do século XIX em periódicos franceses, ingleses, alemães e austríacos da altura para, a partir daí, traçar uma caracterização de como a imagem do país foi inserida no contexto dos debates estético-literários, científicos, sociais e políticos da época. Procura-se, em suma, contextualizar a produção dos viajantes no cenário cultural europeu, aspecto de um importante conjunto de textos até hoje objeto de poucos estudos. A pesquisa busca, ainda, em um âmbito mais geral, definir a relação entre a escrita de viagens e a imprensa crítica do início do século XIX. Como indicativo das potencialidades do projeto, apresentamos alguns resultados iniciais elaborados a partir de algumas fontes da imprensa francesa.


Karen Macknow Lisboa (São Paulo)

Viagens transatlanticas e a descoberta de mundos luso-afrobrasileiros

Em minha comunicação pretendo explorar relatos de viajantes de língua alemã que estiveram no Brasil nas ultimas décadas do século XIX e passagem para o século XX. Diante da pluralidade temática e dos diferentes tipos de viajantes, investiga-se as várias abordagens desses estrangeiros sobre a sociedade multiétnica que observam no Brasil. Para tanto, pergunta-se como são construídas as imagens sobre os negros, as mulheres, os brasileiros e os imigrantes tendo como pano de fundo o contexto do imperialismo (alemão) e de sua experiência sobretudo na África. Concentro minha investigação nos livros de viagem de Moritz Lamberg,  fotógrafo que se instala no Recife por alguns anos, do político colonial Wilhelm J. Vallentin, que fora chefe de uma colônia na África antes de vir ao Brasil,  e do comerciante Moritz Schanz.   



Ricarda Musser (Berlin)

Nichts als Kohle, Salz und Mineralien? Reiseeindrücke von den Kapverden im 19. Jahrhundert

Die im 15. Jahrhundert für Portugal in Besitz genommene vor der afrikanischen Westküste gelegene Inselgruppe war für Jahrhunderte ein zentraler Umschlagplatz des Sklavenhandels. Im 19. Jahrhundert erlangte sie durch die Entwicklung der Dampfschifffahrt neue Bedeutung: hier entstand eines der weltweit größten Kohledepots, das von europäischen Schiffen auf dem Weg nach Südamerika, Asien und Australien angelaufen wurde, um Brennstoff nachzuladen. Zahlreiche Reisende mit eigentlich ganz anderem Reiseziel machten so Station auf den Inseln und berichteten in ihren Reisebeschreibungen über ihre Erfahrungen. Weiterhin standen die vulkanischen Inseln im Interesse einiger Naturwissenschaftler, die vor allem ihre Geologie und Mineralogie studierten und darüber publizierten.
Der geplante Vortrag wird die Schilderungen der Reisenden vom sozialen und gesellschaftlichen Leben auf den Inseln untersuchen und dabei auch auf die damit verbundenen Fragen der Ethnizität und kulturellen Identität sowie des Kulturtransfers eingehen. Es ist Ziel des Vortrags, das Bild zu rekonstruieren, das Reisende in ihren Berichten von der Inselgruppe zeichneten und nach Europa transportierten und dabei der Frage nachzugehen, wie die Situation auf den Kapverden bewertet und in die kolonialen Strukturen des 19. Jahrhunderts eingeordnet wurde.


Christoph Müller (Berlin)

Das Ausland – Globus – Aus allen Weltteilen. Beschreibungen von Reisen in lusofone Länder in deutschen Illustrierten des 19. Jahrhunderts

Im 19. Jahrhundert stieg in Europa das Interesse an Reisen in fremde Länder rapide an. Nicht nur im Sinne einer aktiven Reise, sondern auch im Sinne einer Nachverfolgung von Reisen anderer mithilfe von Reisebeschreibungen, die als Bücher oder in Form von Artikeln in Zeitungen und Zeitschriften herausgegeben wurden. Dabei kam den Zeitschriften wegen ihrer weiteren Verbreitung und der geringeren Kosten eine wichtige Rolle zu. Außerdem lassen sich aus der Berichterstattung in diesen Zeitschriften besondere Moden oder verstärkte Interessen für bestimmte Weltregionen ableiten.
Vor diesem Hintergrund sollen drei wichtige deutschsprachige Illustrierte, in denen Reisebeschreibungen veröffentlicht wurden, untersucht werden:  Das Ausland. Ein Tagblatt für Kunde des geistigen und sittlichen Lebens der Völker (1828-1893), Globus. Illustrierte Zeitschrift für Länder- und Völkerkunde (1862-1910) und Aus allen Weltteilen. Illustriertes Familienblatt für Länder- und Völkerkunde (1870-1898). Dabei soll unter anderem geprüft werden, welche lusofonen Länder von Deutschen bereist wurden, wie diese dargestellt werden und ob sich Traditionen, Tendenzen oder Entwicklungen in der Berichterstattung abzeichnen.



Moema Parente Augel (Bielefeld)

Viagem de encantamento. A mata virgem brasileira segundo as impressões maravilhadas do Arquiduque Maximiliano de Habsburgo (1860)

Entre as centenas de visitantes estrangeiros que passaram pelo Brasil no decorrer do século XIX, destaca-se Maximilian von Habsburg, o Arquiduque Ferdinand Maximilian Joseph von Österreich (1832 – 1867) que passou à Hitória como Maximilian I, o malogrado imperador do México, fuzilado por ordem de Benito Juarez, depois de um breve reinado de quase três anos. Muito antes dos acontecimentos ligados ao México, e no papel de comandante em chefe da frota de guerra austríaca, Maximiliano empreendeu inúmeras viagens, de maior e de menor porte, tendo escrito um relato exaustivo de cada uma delas, publicados em livros de reduzida tiragem e que permaneceram muito pouco conhecidos, os “Reise Skizzen”, ou “Esboços de viagem”. No contexto desses relatos, será comentada sua estada no Brasil (janeiro-março de 1860), mais exatamente aquele que tem como título “Mato Virgem”, publicado em 1864, enquanto Bahia 1860 saiu em 1861. Esse último trata do período transcorrido na capital baiana e “Mato Virgem” relembra as peripécias vivenciadas no sul da Bahia, sobretudo a incursão na floresta tropical ainda intocada, motivo de maravilhamento ante a obra divina, mas também de sarcasmo e crítica pelo descaso dos governantes pela região. O livro em pauta contém apenas uma parcela mínima da estada do Arquiduque, e minha comunicação apresentará pormenores da continuação da viagem e que até agora foram dados a conhecer apenas nos anexos da versão brasileira, editada em 2010 pela Universidade Estadual de Ilhéus, sob a minha esponsabilidade.

 

Ineke Phaf-Rheinberger (Berlin)

Deutsche Forschungsreisende nach Angola – Beatrix Heintze

Ohne Zweifel ist Beatrix Heintze die bekannteste Forschungsreisende nach Angola in Deutschland. Sie hat sich spezialisiert auf Studien zu deutschen Forschungsreisenden nach Angola im 19. Jahrhundert.
In diesem Beitrag werden die Studien von Beatrix Heintze zu diesem Thema vorgestellt. Es werden dabei folgende Fragen im Mittelpunkt stehen.
Inwieweit sind diese Studien charakteristisch für eine ethnologische Betrachtung? Was sagen sie über die Situation in Angola im 19. Jahrhundert aus? Inwieweit sind die untersuchten Forschungsreisende bedeutsam für die Ethnologie und für die historische Forschung zu Angola heute?


Paulo Miguel Rodriguez (Funchal)

A Ilha da Madeira nas narrativas de viagem britânicas da primeira metade do século XIX: um contributo para a definição da madeirensidade?

É hoje reconhecida a importância da Ilha da Madeira na gestão dos múltiplos interesses britânicos no Atlântico durante o século XIX. A Ilha foi um verdadeiro entreposto oceânico - de gente, bens e ideias - tirando partido da sua posição geoestratégica, directamente ligada às rotas navais entre os Hemisférios Norte e Sul, junto à entrada no Mediterrâneo e a cerca de 325 milhas náuticas da costa africana.
Graças a esta posição no Atlântico, facilmente se compreende que a Ilha tenha cativado o olhar de políticos, cientistas, escritores, exploradores e até simples viajantes ou aventureiros, os quais, por motivos diversos, aí aportaram para passarem algumas horas ou permaneceram mais demoradamente, durante semanas ou meses. Os registos que dessas experiências ficaram, na maior parte das vezes em capítulos de obras que relatam viagens para outros destinos, servem-nos também para aferir a relevância insular no contexto global.
Neste quadro, os britânicos cedo assumiram um forte predomínio entre as inúmeras narrativas de viagem publicadas ao longo do século XIX que tiveram a Madeira como objecto discursivo, embora também se deva destacar que a partir da década de 1850 se tornou evidente a concorrência de autores germânicos, franceses e estado-unidenses, entre outros.
Na presente comunicação, tendo por base um corpus formado apenas por textos de origem britânica, analisamos dois aspectos que consideramos pertinentes nas narrativas de viagem:

- a) a representação da imagem do habitante local, procurando perceber se existe uma tendência para a sua tipificação e verificando até que ponto essa representação contribuiu quer para a construção da imagem que o outro tinha do português, quer para a definição daquilo que podemos considerar como a madeirensidade.

- b) a descrição e valorização do espaço insular madeirense, verificando em que medida os textos reflectem, sob vários aspectos, o espírito científico que caracterizou a época e que desencadeou uma série de investigações na Ilha, inserindo-a no complexo jogo de interesses em que se envolveram as principais potências europeias com pretensões coloniais ao longo do século XIX.

 

Sylk Schneider (Weimar)

Die Welt aus Weimar: Goethe, Bertuch und Brasilien

Weimar mit Johann Wolfgang von Goethe, Großherzog Carl August von Sachsen-Weimar und Friedrich Justin Bertuch mit dem Geographischen Institut und dem Landes-Industrie-Comptoir als treibenden Kräften war zu Beginn des 19. Jahrhunderts ein Zentrum der Rezeption der neuen Kenntnisse aus der lusophonen Welt und hier besonders aus Brasilien.
Die Reisebeschreibungen nach Brasilien von Thomas Lindley (1806), Sir John Barrow (1808), Henry Koster (1817), Wilhelm Ludwig von Eschwege (1818), John Luccock (1821) und Alexander Caldcleugh (1826), erschienen im deutschsprachigen Raum in der Reihe „Bibliothek der neuesten und wichtigsten Reisebeschreibungen zur Erweiterung der Erdkunde“ zuerst in Weimar. Auch die besten Karten zu Brasilien zum Beginn des 19. Jahrhunderts sowie Prinz Maximilians zu Wied-Neuwieds umfangreichste Brasilienpublikationen erschienen in der „Klassikerstadt“.
Dass Weimar ein Zentrum der Brasilien-Rezeption neben den großen Zentren Wien, München und Berlin werden konnte sowie die Brasilienforschungskooperation zwischen diesen Zentren befördern wollte, hat seinen Ursprung in dem großen Interesse Goethes und des Großherzogs an Brasilien, sowie in dem unternehmerischen Geschick des Verlegers Friedrich Justin Bertuch.




Ingrid Schwamborn (Fortaleza)

Neukomm, Debret und die Brasilianer in Rio de Janeiro (1816-1831)

Jean Baptiste Debret kam am 26. März 1816 mit einer Gruppe französischer Künstler und Handwerker in Rio de Janeiro an. Der Leiter der Gruppe war Joaquim Le Breton, der frühere Ständige Sekretär der Abteilung der Schönen Künste am Institut de France, in Paris. 1815 wurde er als einer der Direktoren der Nationalen Museen entlassen, weil er sich weigerte, Napoleons Beutekunst an Italien, England und Deutschland zurückzugeben. Mit Napoleons Sturz waren auch andere Künstler arbeitslos geworden. Daher kam das Angebot aus Rio de Janeiro, dort eine Schule der Bildenden Künste aufzubauen, wie gerufen. Le Breton stellte eine Gruppe zusammen, die später Missão Artística Francesa genannt wurde, zu der neben dem Maler Debret die Brüder Taunay, ein Maler und ein Bildhauer, mit ihren Familien, sowie der Architekt Montigny, der Kupferstecher Pradier und eine Reihe Handwerker zählten. Sie haben in den folgenden Jahren und Jahrzehnten einen entscheidenden Beitrag zur künstlerischen Gestaltung von Rio de Janeiro geleistet, die erst 1826 eingeweihte Schule wirkt bis heute weiter als die Escola de Belas Artes, der UFRJ, in Rio de Janeiro.
  Zwei Monate nach den französischen Künstlern traf in Rio de Janeiro aus Paris kommend auch ein Musiker ein, Sigismund Neukomm, Joseph Haydns letzter Schüler, geboren 1778 in Salzburg. So wie Debret pausenlos zeichnete und malte, so komponierte Neukomm zu jeder Gelegenheit aus freien Stücken oder auf Bestellung des Hofes und lehrte Dom Pedro die Kunst des Komponierens, „Hino da Indepêndencia“.. Er war mit dem Herzog von Luxemburg gekommen und wollte mit ihm nach Paris zurückkehren, blieb aber fünf Jahre lang in Rio de Janeiro. Insgesamt komponierte er dort 70 Werke. Von Neukomm weiß man wenig Genaues über seinen Rio-Aufenthalt, nur die Titel seiner Stücke und die Widmungen suggerieren sein Leben dort, Rosana Lanzelotte, die Cembalo-Spielerin, hat einen Roman daraus gemacht, 2009. Sie hat seine Werke wieder entdeckt und mit originellen Aufnahmen zugänglich gemacht, „Neukomm no Brasil“ zusammen mit dem Flötisten Kanji,  mit Debrets Aquarellen im Hintergrund. Eine Fundgrube sind Debrets Beschreibungen seiner Bilder, voller kurioser und teilweise heute noch gültiger Beobachtungen aller Gesellschaftsschichten in dem neuen Königreich in den Tropen.  Neukomm kehrte mit Dom João VI 1821 und Debret mit seinem Sohn, Dom Pedro I, 1831 nach Europa zurück. Neukomm komponierte bis an sein Lebensende, 1858, weiter, Debret stellte eine dreibändige „Voyage pittoresque et historique au Brésil“, 1834-1839, zusammen, wurde dann 100 Jahre lang vergessen, ab 1950 von Brasilien aus wieder entdeckt, und von Castro Mayer nach Rio de Janeiro zurückgeholt, Neukomms Kompositionen liegen sämtlich in der BNFrance, von wo sie seit ca. 2004 wiederentdeckt wurden und ebenfalls nach Brasilien geholt oder reimportiert  werden. 
 Zu den Malern Taunay, Debret und Rugendas und dem Musiker Neukomm muss auch der französische Literat Ferdinand Denis als bedeutender „Brasilianist“ zu Beginn des 19. Jahrhunderts gezählt werden.


Amilcar Torrão Filho (São Paulo)

A mácula lusitana: as raízes portuguesas e a incivilidade do Brasil na literatura de viagem (séculos XVIII-XIX)

Para muitos viajantes franceses e britânicos a presença portuguesa na América ou as origens portuguesas do jovem Império brasileiro explicavam a ausência de civilidade, de uma sociedade verdadeiramente “policiada” e desenvolvida. Uma terra tão rica no continente americano era mal aproveitada pela administração de um povo tão inferior e pouco respeitado na Europa, que mantinha suas possessões escondidas dos estrangeiros por ciúme e fraqueza, fazendo com que o britânico John Turnbull afirme em 1800 que era evidente que os portugueses perderiam sua colônia americana em pouco tempo para os franceses ou para os ingleses. Os problemas do império brasileiro ainda se deveriam, segundo o conde de Suzannet em 1845, à influência desta “raça portuguesa degenerada”, que havia deixado sua mácula de desleixo e preguiça à jovem nação brasileira, incapaz de aproveitar os imensos recursos de seu território. A paisagem edênica escondia uma sociedade decaída. Esta comunicação tem como objetivo recuperar algumas destas imagens da presença lusitana no Brasil presentes na literatura de viagem, que seriam em grande parte incorporadas pela historiografia brasileira e brasilianista.

9. Deutscher Lusitanistentag | Universität Wien  | Dr.-Karl-Lueger-Ring 1  | 1010 Wien